Por Marcos Lauro
Na metade da década de 1970, Odair José era um dos principais nomes da gravadora Polydor. Seus discos vendiam muito bem e ele conseguia ser certeiro em atingir a massa. Mas houve uma ruptura em 1977: o disco O Filho de José e Maria.
Em 1974, ele havia lançado Lembranças, disco que tinha, entre outros, o sucesso “A Noite Mais Linda do Mundo (Felicidade)”.
Mas Odair José queria mais: inspirado por nomes do rock progressivo, bolou uma ópera rock sobre a vida de um rapaz, o tal filho de José e Maria, que encontra a felicidade aos 33 anos. E não, o personagem principal não é Jesus Cristo – uma fala de Odair, da época, diz que poderia ser até o estilista Clóvis Bornay!
A ideia original do disco continha 24 faixas. A gravadora não topou e ele foi para a RCA, que aceitou lançar o disco com 10 faixas. E, assim, o disco ganhou o mundo! Claro que, comercialmente, foi um fiasco e Odair voltou logo em seguida para suas músicas românticas, que agradavam os ouvidos ou pelo menos eram entendidas pelo seu público.
O Filho de José e Maria é mais um caso de um disco genial, complexo e “difícil” lançado na década de 1970 que teve que esperar pelo menos uma geração para ser compreendido e ouvido em sua plenitude.
Tanto é que, hoje, Odair José apresenta vez ou outra um show que tem como repertório apenas as faixas deste disco. Tornou-se cult e já não era hora! ALELUIA!
Odair José – O Filho de José e Maria
- Nunca Mais
- Não me venda grilos (Por Direito)
- Só pra mim, pra mais ninguém
- É assim
- Fora da Realidade
- O Casamento
- O Filho de José e Maria
- O sonho terminou
- De volta às verdadeiras origens
- Que Loucura
Pena não termos as outras 14 faixas para ouvir. Ou será que estão em algum lugar que não encontrei?
Excelente artigo!
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