Curumin – Arrocha – 2012

Curumin – Arrocha – 2012

Curumin – Arrocha – 2012

Marcos Lauro

Curumin costuma dar um intervalo de quatro a cinco anos entre seus discos solo. Entre outros trabalhos e projetos, como tocar bateria para Arnaldo Antunes e fazer seu show tocando Stevie Wonder, ele vai burilando o que pode ser o próximo ataque. Talvez por isso os resultados sejam tão coerentes. Continuar lendo

Barão Vermelho – Carnaval – 1988

Barão Vermelho – Carnaval – 1988

Barão Vermelho – Carnaval – 1988

Marcos Lauro

Em 1988, o Barão Vermelho estava se encontrando. Cazuza havia saído da banda há pouco tempo e ganhado os holofotes da gravadora – o que motivou o Barão a trocar a antiga Som Livre pela WEA. Carnaval vem como o terceiro álbum pós-Cazuza e segundo pela nova casa. Com ele, o Barão reencontrou o caminho dos hits. Continuar lendo

Benzina a.k.a. Scandurra – Dream Pop – 2003

Benzina a.k.a. Scandurra – Dream Pop – 2003

Benzina a.k.a. Scandurra – Dream Pop – 2003

Marcos Lauro

A década de 1990 se configurou como os anos de ouro para a cultura clubber no Brasil. Com eventos como Mercado Mundo Mix e Mambo Bazar, em São Paulo, os cabelos descoloridos e as roupas de plástico (e cores berrantes) ganhavam não apenas a noite, mas também o dia. Esse cenário impactou DJs e produtores de música eletrônica, mas também artistas de outros gêneros musicais. Edgard Scandurra foi um deles. Continuar lendo

Ira! – Clandestino – 1990

Ira! – Clandestino – 1990

Ira! – Clandestino – 1990

Colaboração de Roberto Troccoli

O começo dos anos 1990 não foi muito bom para as bandas do rock brasileiro. A euforia do sucesso dos anos 1980 já havia passado e outros gêneros musicais como o sertanejo e a lambada já estavam ganhando muito espaço na mídia e nas gravadoras. Para agravar a situação, um novo governo acabara de ser eleito e um mirabolante plano econômico prejudicou a vida de muita gente, inclusive dos músicos brasileiros. Continuar lendo

Djavan – Alumbramento – 1980

Djavan – Alumbramento – 1980

Djavan – Alumbramento – 1980

Colaboração de Rennan Gueller

Alumbramento, terceiro álbum de estúdio do cantor e compositor Djavan, está completando 40 anos. O disco foi gravado em 1980 e celebra a parceria com grandes compositores, como Aldir Blanc nas faixas “Tem Boi na Linha” e “Aquele Um”, Cacaso na bela “Lambada de Serpente” e Chico Buarque na canção que batiza o álbum. Continuar lendo

Molejo – Grupo Molejo – 1994

Molejo – Grupo Molejo – 1994

Molejo – Grupo Molejo – 1994

Marcos Lauro

Se houvesse uma balança comercial de gêneros musicais brasileiros, o samba estaria quase sempre na ponta das exportações – o superávit seria certeiro, ano a ano. Desde o final dos anos 1960, era comum que empresários montassem grupos de samba exclusivamente para shows no exterior. E bota exterior nisso! Até o Japão estava na rota. E dá-lhe bons ritmistas, as chamadas “mulatas”, sorrisos no rosto e o samba brasileiro para gringo aplaudir. E foi assim que o Molejo começou sua trajetória. Antes do grupo, Anderson e Andrezinho tocavam num desses grupos e viajavam o mundo mostrando o nosso samba. Continuar lendo

Rita Lee – Rita Lee – 1980

Rita Lee – Rita Lee – 1980

Rita Lee – Rita Lee – 1980

Marcos Lauro

Em 1980, a disco music já demonstrava certo sinal de cansaço nos Estados Unidos, mas ainda movimentava discotecas e clubs mundo afora – no Brasil, por exemplo, esse cansaço demorou para aparecer. Mesmo com o rock já surgindo como opção viável para o mercado faturar, os timbres eletrônicos e as batidas quatro por quatro ainda apareciam entre luzes piscantes e muita fumaça. Rita Lee foi uma das artistas que souberam captar e capitalizar esse momento. 1980 foi o ano de um dos seus discos homônimos, o segundo em parceria com seu marido, Roberto de Carvalho.

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Pato Fu – Ruído Rosa – 2001

Pato Fu – Ruído Rosa – 2001

Pato Fu – Ruído Rosa – 2001

Marcos Lauro

“Alguns ruídos e chiados encontrados neste disco são intencionais e não representam defeitos de fabricação”. Esse aviso no encarte já dá conta de que vem um disco “barulhento” por aí. Se no trabalho anterior, Isopor, o Pato Fu já mostrava sua face mais, digamos, adulta, aqui em Ruído Rosa (que é um chiado que serve para calibrar equipamentos sonoros e mixagens) é o seu lado experimental que é mais explorado. Alguns defendem que é uma volta do Pato Fu às origens experimentais, interrompidas por uma fase extremamente pop. Mas, de qualquer forma, um disco que abre com um teremim deve ser respeitado.

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Living Colour – Time’s Up – 1990

Living Colour – Time’s Up – 1990

Living Colour – Time’s Up – 1990

Colaboração de Maurício Verderame 

Em 2020, Time’s Up completa 30 anos. É impossível ouvir esse álbum, por muitos considerado um dos melhores e mais importantes do Living Colour, sem que o peso de suas letras bata como uma tijolada na testa: tudo ainda está presente aqui conosco.

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Engenheiros do Hawaii – O Papa É Pop – 1990

Engenheiros do Hawaii – O Papa É Pop – 1990

Engenheiros do Hawaii – O Papa É Pop – 1990

Marcos Lauro

De cara, já peço licença para toda a nação gaúcha e mando um “desculpe qualquer coisa” por esse texto. É porque sempre acho complicado um paulistano escrever, em tons didáticos, sobre qualquer obra que pertença à gaveta do “rock gaúcho”. Por mais que a gente ouça, entenda e se identifique com alguns aspectos, um gaúcho sempre vai ter algo a mais para dizer sobre Engenheiros do Hawaii. Até porque a banda passou pelo seu processo de djavanização, em que parte de suas letras viraram piada entre críticos do eixo Rio-São Paulo e isso se tornou uma lenda urbana. Dizem que as letras do EngHaw são complicadas, complexas. O Papa É Pop, pelo menos, não. Ali é tudo limpo e claro.

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