Curumin – Arrocha – 2012

Curumin – Arrocha – 2012

Curumin – Arrocha – 2012

Marcos Lauro

Curumin costuma dar um intervalo de quatro a cinco anos entre seus discos solo. Entre outros trabalhos e projetos, como tocar bateria para Arnaldo Antunes e fazer seu show tocando Stevie Wonder, ele vai burilando o que pode ser o próximo ataque. Talvez por isso os resultados sejam tão coerentes. Continuar lendo

Djavan – Alumbramento – 1980

Djavan – Alumbramento – 1980

Djavan – Alumbramento – 1980

Colaboração de Rennan Gueller

Alumbramento, terceiro álbum de estúdio do cantor e compositor Djavan, está completando 40 anos. O disco foi gravado em 1980 e celebra a parceria com grandes compositores, como Aldir Blanc nas faixas “Tem Boi na Linha” e “Aquele Um”, Cacaso na bela “Lambada de Serpente” e Chico Buarque na canção que batiza o álbum. Continuar lendo

Caetano Veloso – Cinema Transcendental – 1979

Caetano Veloso – Cinema Transcendental – 1979

Caetano Veloso – Cinema Transcendental – 1979

Por Marcos Lauro

A discografia de Caetano Veloso entre a Tropicália e o final dos anos 1970 mostra uma linha narrativa de um artista que, interrompido por questões fora do seu controle, teve de se reconstruir e se reencontrar dentro da sua arte. O exílio, que durou de 1969 a 1972, fez com que Caetano desenvolvesse uma obra mais introspectiva, seja pelo frio londrino, destino da sua ausência em terras brasileiras, ou pela simples distância de sua terra natal, que sempre foi extremamente conectada a sua obra. Tanto a distância quanto a volta, ainda impactada pela censura, mostram um artista mais dado a experimentações, um céu nublado que cobriu o tropicalismo solar do que estava sendo construído em sua discografia.

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Angela Ro Ro – Angela Ro Ro – 1979

Angela Ro Ro – 1979

Angela Ro Ro – 1979

Por Marcos Lauro

Angela Ro Ro começou sua carreira como cantora e compositora em Londres, onde morou por um tempo, cantando em pubs. E é esse clima de pub, traduzido e adaptado para o português, que está no álbum de estreia da cantora, homônimo, lançado em 1979. O piano de Antonio Adolfo (Nara Leão, MPB-4, Tim Maia e Elis Regina, entre muitos outros) faz a cama de todas as 12 faixas da estreia. A sonoridade chama as doses de uísque, a meia-luz e, pronto, você está no cenário perfeito para ouvir as letras sobre amores, desamores, alegrias, tristezas e, enfim, a vida.

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Gilberto Gil – OK OK OK – 2018

Gilberto Gil – OK OK OK – 2018

Gilberto Gil – OK OK OK – 2018

Por Marcos Lauro

Gil andou doente e preocupou os fãs – por mais que seja o natural da vida, o ídolo causa comoção quando se encontra num mau momento. Mas OK OK OK é um atestado médico. O disco vem repleto de sentimentos, da família (a começar pela produção, de Bem Gil) e de canções cerebrais, daquelas características de Gil.

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João Bosco – Zona de Fronteira – 1991

João Bosco – Zona de Fronteira – 1991

Colaboração de Mauricio Verderame

João Bosco já era estrela em 1991 e pôde se dar ao luxo de lançar um álbum com os principais nomes do jazz fusion carioca da época, o que ampliou a sua já vasta paleta de texturas e estilos musicais. Assim, o título está longe de ser um acaso, bem como sua capa cheia de cores fortes e contrastantes.

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João Gilberto – Chega de Saudade – 1959

Chega de Saudade, disco de João Gilberto de 1959

Chega de Saudade, disco de João Gilberto de 1959

Colaboração de Malcon Fernandes

Graças a este disco, existe Caetano, Chico, Gil, Milton, Tom Zé e os Novos Baianos, entre outros. A sua forma de tocar violão mudaria o rumo da MPB. Naqueles tempos, os cantores de rádio eram os ídolos máximos com seus cabelos “Gumex” para trás, com bigodinho estilo amante latino e cantavam boleros com um tom forte, conquistando o público via Rádio Nacional. João fugiu dos padrões, mostrando-se um exímio e talentoso cantor e violonista que sempre buscava um jeito de mostrar a sua batida “bossa nova”.

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Elis Regina – Falso Brilhante – 1976

Falso Brilhante, disco de Elis Regina de 1976

Falso Brilhante, disco de Elis Regina de 1976

Por Marcos Lauro

Falso Brilhante é um disco ao vivo, só que ao contrário.

Nessa época era comum alguns artistas fazerem longas temporadas de shows. Da mesma forma como hoje são algumas peças de teatro, o artista se apresentava de quinta a domingo num lugar fixo por um tempo. E a Elis Regina fazia isso. E muito bem!

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Apanhador Só – Antes que Tu Conte Outra – 2013

Apanhador Só

Antes que tu conte outra: disco do Apanhador Só, de 2013

Colaboração de Carolina Serpejante

Posso dizer que Apanhador Só foi uma banda me dada de presente pela internet. Não sei em que contexto comecei a ouvi-la ou se alguém de fato me indicou – talvez por que isso seja totalmente desnecessário a essa altura.

Ouvindo o som, num primeiro momento, pensei que era só mais uma banda indie que repetiria estereótipos e reforçaria modismos, como lançar discos de vinil e reciclar sons que já cansei de ouvir – mas não deixo de gostar, é verdade. Comumente comparado com Los Hermanos, a banda parecia ter a promessa de cair nesse balaio do comum. Que erro o meu!

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