Ike & Tina Turner – Workin’ Together – 1970

Ike & Tina Turner – Workin’ Together – 1970

Ike & Tina Turner – Workin’ Together – 1970

Por Marcos Lauro

As origens negras do som dos Beatles acabaram ficando soterradas pelas imagens dos quatro brancos de Liverpool e por toda a revolução causada por eles. Mas, como os próprios fizeram questão de ressaltar em diversas entrevistas, sim, o rock and roll e o blues negros norte-americanos serviram como impulso inicial para que eles criassem o primeiro fenômeno pop de massa voltado para o jovem. E alguns artistas fizeram questão de “pegar de volta” as referências e regravar Beatles com o molho que só a soul music tinha. Um dos mais bem-sucedidos foi a dupla Ike & Tina Turner.

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Caetano Veloso – Cinema Transcendental – 1979

Caetano Veloso – Cinema Transcendental – 1979

Caetano Veloso – Cinema Transcendental – 1979

Por Marcos Lauro

A discografia de Caetano Veloso entre a Tropicália e o final dos anos 1970 mostra uma linha narrativa de um artista que, interrompido por questões fora do seu controle, teve de se reconstruir e se reencontrar dentro da sua arte. O exílio, que durou de 1969 a 1972, fez com que Caetano desenvolvesse uma obra mais introspectiva, seja pelo frio londrino, destino da sua ausência em terras brasileiras, ou pela simples distância de sua terra natal, que sempre foi extremamente conectada a sua obra. Tanto a distância quanto a volta, ainda impactada pela censura, mostram um artista mais dado a experimentações, um céu nublado que cobriu o tropicalismo solar do que estava sendo construído em sua discografia.

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Angela Ro Ro – Angela Ro Ro – 1979

Angela Ro Ro – 1979

Angela Ro Ro – 1979

Por Marcos Lauro

Angela Ro Ro começou sua carreira como cantora e compositora em Londres, onde morou por um tempo, cantando em pubs. E é esse clima de pub, traduzido e adaptado para o português, que está no álbum de estreia da cantora, homônimo, lançado em 1979. O piano de Antonio Adolfo (Nara Leão, MPB-4, Tim Maia e Elis Regina, entre muitos outros) faz a cama de todas as 12 faixas da estreia. A sonoridade chama as doses de uísque, a meia-luz e, pronto, você está no cenário perfeito para ouvir as letras sobre amores, desamores, alegrias, tristezas e, enfim, a vida.

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Pink Floyd – The Wall – 1979

Pink Floyd – The Wall – 1979

Pink Floyd – The Wall – 1979

Por Marcos Lauro

No final dos anos 1970, o rock and roll alcançou a sua máxima grandiosidade. Quase tudo era corpulento: os discos eram óperas-rock; os shows, em estádios ou grande arenas; as brigas, de encerrar parcerias de longa data. The Wall está completamente nesse contexto grandiloquente.

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Donna Summer – Bad Girls – 1979

Donna Summer – Bad Girls – 1979

Donna Summer – Bad Girls – 1979

Por Marcos Lauro

A fotografia do momento é a seguinte: a disco music ainda era gigante mundialmente, mas começava a ser ofuscada por outros gêneros como o novíssimo punk rock, que chamava a atenção da indústria, e o mais novíssimo ainda hip-hop, que nem tinha esse nome ainda mas já pintava como opção para o público que se identificava com a cultura negra. Afinal, o ritmo era dançante (porque usava soul e funk como base para as novas criações), mas o tom não era tão festivo quanto à disco e trazia protestos em suas letras e nos contextos das reuniões black.

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Elis Regina – Falso Brilhante – 1976

Falso Brilhante, disco de Elis Regina de 1976

Falso Brilhante, disco de Elis Regina de 1976

Por Marcos Lauro

Falso Brilhante é um disco ao vivo, só que ao contrário.

Nessa época era comum alguns artistas fazerem longas temporadas de shows. Da mesma forma como hoje são algumas peças de teatro, o artista se apresentava de quinta a domingo num lugar fixo por um tempo. E a Elis Regina fazia isso. E muito bem!

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Almôndegas – Almôndegas – 1975

Almôndegas

Almôndegas: disco dos Almôndegas, de 1976

Colaboração de Malcon Fernandes

Folk com cheiro de campo e de música regionalista, muito som de viola, ainda que tenham influências do rock n’roll e com pés no Rio Grande do Sul. Em especial, na linguagem gaúcha.

Essa seria a frase certa para definir o grupo Almôndegas, formado em 1972 pelos irmão Kleiton e Kledir Ramil, vindos de Pelotas, do sul do Estado e se juntando com o primo Pery Souza e os amigos Gilnei Silveira e Quico Castro Neves.

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Blondie – Parallel Lines – 1978

Parallel Lines: disco do Blondie de 1978

Parallel Lines: disco do Blondie, de 1978

Colaboração de Roberto Troccoli

A banda nova iorquina Blondie surgiu em 1974, em meio à efervescente onda punk, se tornando figura frequente no lendário CBGB´s, casa de shows que também foi palco de diversos shows clássicos do Ramones. Seus dois primeiros discos, “Blondie” de 1976 e “Plastic Letters” de 1977, foram bem recebidos pela crítica e pelo público, mas não resultaram em grande sucesso comercial.

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Ângela Ro Ro – Ângela Ro Ro – 1979

Ângela Ro Ro

Ângela Ro Ro: disco de Ângela Ro Ro, de 1979

Colaboração de Rafael Figura

Se o cidadão nunca ouviu (e chorou com) o primeiro disco de Angela Ro Ro, Homônimo, pode estar certo: ele nunca tomou um CHIFRE! A ênfase na palavra chifre é para deixar claro de que não se trata de uma d-e-s-i-l-u-s-ã-o –a-m-o-r-o-s-a.

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Tim Maia – Tim Maia – 1970

Tim Maia

Tim Maia: disco de Tim Maia, de 1970

Por Leo Morato

Este é o álbum de estreia do homem que trouxe o soul e a black music americana ao Brasil. O gênio – por muitos incompreendido e por outros o próprio destruidor de sua vida e carreira –  Tim Maia mostrou a potência e o potencial de sua voz com este disco.

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